Saudações a todos os leitores deste artigo. Como eu não tenho um assunto específico, então vou escrever uma verdadeira miscelânea de coisas por aqui.
Eleições para o congresso
Depois de mais um pleito rumo ao congresso, tivemos interessantes novidades. Primeiro, os gringos do BIRA (o que significa essa sigla?) se reduziram de 6 para 4. Uma boa notícia, sua força inútil e/ou danosa ao país já não é a mesma. Mas me pergunto quem são as pessoas desinformadas ou mal-intencionadas que ainda votam nos búlgaros. Gente deles com 6 votos muito me intriga ainda.
Por outro lado, o novato PNB com membros não tão novatos assim conseguiu nada menos que 7 cadeiras, simplesmente a maior bancada. Tenho boas expectativas, mas não ponho minha mão no fogo também.
naclaralv , que no passado propôs leis no mínimo duvidosas, entrou com nada menos que 12 votos, simplesmente deve ter muitos amigos. Ao menos é ativo, na política brasileira isso já é algo louvável. E eu, como cidadão comum, espero que não gaste leis com fanfarronice novamente.
Habemus CP
E por 10 votos a 0,
Loritita é a nova presidente. O BIRA bem que tentou tirá-la, mas seus representantes perderam por 7x3.
Quanto à tentativa de deixar o
BRL a 0.05
Gold parece que não surtiu muito efeito, nossa moeda está mesmo bem valorizada, e tende a ser cotada novamente a 0.052
Mercado
Na contramão do que foi noticiado em outros meios, o preço dos alimentos no mercado enfim se estabilizou. À exceção dos preços praticados pelo espanhol
edulin , que deve conter ingredientes como tomate ou Kinder Ovo na composição. Afinal, só isso justifica sua Food Q3 custar 2.32
BRL enquanto o concorrente mais caro de Food Q5 cobra 2.15
BRL pelo seu produto. O gringo cobra quase o dobro disso pelo seu Q5, o azeite deve ser além de extra-virgem.
Enquanto isso, austríaco filho da mãe (vou evitar palavras de baixo calão por enquanto) a todo custo quer desvalorizar os grãos pro lado de cá.
Amazonica
Pra dar uma emoção, tem RW em Amazonica. Eles venceram os 3 primeiros rounds, o nosso amado Brasil venceu o 4º e lidera o 5º com 100%. Mandei um tiro, e pra variar, errei.
PS: Esqueci de colocar que esta era a seção de humor, quem sabe eu faça uma tirinha sem graça na próxima edição.
Futebol de luto
Artigo da FIFA sobre o assunto
E pra não falar só de e-Sim, o futebol brasileiro sente a perda de dois ex-jogadores que fizeram história no esporte bretão pelos gramados desta terra. Falo dos falecimentos de Nilton De Sordi e de Gylmar dos Santos Neves, neste último fim de semana.
De Sordi foi o lateral-direito em 5 dos 6 jogos da campanha que levou o Brasil ao seu primeiro título mundial, em 1958.
Nascido em Piracicaba, em 14/02/1931, o jogador começou profissionalmente aos 18 anos no XV de Piracicaba. No time do interior se destacou, a ponto de ser contratado no início de 1952 pelo São Paulo, formando um grande trio defensivo ao lado do marcante zagueiro Mauro Ramos de Oliveira (bicampeão mundial pela Seleção Brasileira e também pelo Santos, nos anos 60) e pelo goleiro argentino José Poy.
Jogou até 1965 com a camisa tricolor, pelo qual conquistou os títulos paulistas de 1953 e 1957. Em 1966, defendeu as cores do União Bandeirante, do Paraná, se aposentando no mesmo ano e logo assumiu o posto de treinador da equipe. E faleceu na mesma cidade de Bandeirantes, o ex-atleta já sofria de mal de Parkinson.
Gylmar dos Santos Neves foi nada menos que o goleiro mais vitorioso da história do futebol brasileiro. Nascido em 22/08/1930, em Santos, Gylmar deu seus primeiros passos no futebol pelo modesto Jabaquara, onde também se profissionalizou em 1949. Em 1951, como contrapeso pela contratação do volante Ciciá, o goleiro foi contratado pelo Corinthians, que contava com Cabeção, goleiro reserva da Seleção Brasileira na época.
No clube paulistano, alternou momentos gloriosos e turbulentos. Em uma de suas primeiras chances no gol corinthiano, em novembro de 51, foi injustamente considerado o maior culpado pela derrota por 7x3 para a Portuguesa, sendo afastado do clube por 3 meses. O alvinegro ainda seria campeão paulista naquele ano. Mas voltaria à titularidade e se consolidaria como o grande goleiro do Brasil naquela década. Pelo Corinthians, e como titular, conquistou os títulos paulistas de 1952 e 1954, e também foi bicampeão do Torneio Rio-São Paulo, em 1953 e 1954. Além disso, venceu a prestigiosa Pequena Taça do Mundo, também em 1954.
Em 1958, era o titular do Brasil na conquista de sua primeira Copa do Mundo. Ficou 4 jogos seguidos sem sofrer gol, recorde batido apenas em 1990. Em seguida, o Brasil golearia a França, na semifinal, e a Suécia, na decisão, ambas por 5x2. Mas nem tudo era flores na vida de Gylmar. O goleiro foi injustamente responsabilizado pelo jejum de títulos do time de Parque São Jorge. Aos 31 anos, com dores no cotovelo, decidiu consultar um médico fora do clube e descobriu que estava jogando com um tentão partido. Decidiu se operar e o então presidente do Corinthians, Wadih Helou, o acusou de "corpo mole" e estipulou seu passe em 10 milhões de cruzeiros, o dobro da maior negociação do Brasil na época, a transferência de Mauro do São Paulo para o Santos, em 1960. Esta situação deveria obrigar o goleiro campeão do mundo a se aposentar, mas apareceu o mesmo Santos, logo no início de 1962, para comprar seu passe e colocar mais uma estrela em um elenco já recheado de craques, entre eles o Rei Pelé.
Jogou até o fim de sua carreira, em 1969, 330 jogos pelo Alvinegro da Vila Belmiro, sendo titular absoluto ao menos até o final de 1966. Enquanto jogador do Santos, conquistou todos os títulos possíveis para um jogador de sua época. Foi bicampeão da Libertadores e Mundial (1962/1963), campeão brasileiro 5 vezes (1962-65 e 1968), campeão do Rio-São Paulo mais 3 vezes (1963, 1964 e 1966) e campeão paulista por mais 6 oportunidades (1962, 1964, 1965 e 1967-69), além de mais de uma dezena de troféus internacionais. Durante esse período, foi bicampeão mundial pelo Brasil, em 1962, após a vitória por 3x1 sobre a Tchecoslováquia na final.
O ex-goleiro se aproximou do futebol novamente apenas em 1983, quando foi chamado para ser supervisor da Seleção Brasileira. Indicou para o posto de técnico Carlos Alberto Parreira, que dirigiu a seleção por 6 amistosos, sem derrotas, antes da Copa América. Com o vice-campeonato, Parreira foi demitido, e Gylmar, irritado pela pouca paciência da CBF com o treinador, abandonou o posto. Em 2000, assumiu a Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo, mas no mesmo ano sofreu um AVC que paralisou o lado direito de seu corpo e lhe limitou a fala. Apesar disso, permaneceu lúcido e capaz de se comunicar com a família e fãs, até o trágico infarto que lhe ocorreu 1 dia após completar 83 anos, vitimando neste domingo, o goleiro que vestiu como nenhum outro três camisas de muito peso.
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Quando você for votar... - Expresso Popular nº 2, dia 361 (12 years ago)